Foi um típico caso de ganhar um limão e fazer dele uma limonada… Quando soubemos que o Salisbury não poderia nos oferecer as 8 noites de hospedagem que queríamos, o jeito foi apelar para a criatividade para resolver a questão da “Noite dos Desabrigados” – por que não transformá-la em uma “Noite de Extravagância”?
Como sempre, fui pedir ajuda no VnV, e o Riq me deu algumas idéias brilhantes – sugeriu uns 3 ou 4 hotéis, entre eles os novíssimos hotéis com paredes de vidro do chão ao teto no Lower East Side, o Hotel On Rivington e o Thompson LES. Estava feita a mágica – no momento em que vi os corner rooms do Hotel On Rivington eu não consegui mais pensar em outra possibilidade.
A idéia era fazer uma “viagem dentro da viagem”… 😉 Ficamos no Salisbury 3 noites, nos mudamos para o Rivington e depois voltamos para o Salisbury para mais 4 noites. “Viajamos” com pouquíssima bagagem – guardamos as malas grandes no Salisbury e seguimos para o Rivington apenas com uma malinha. Assim foi fácil usar o transporte público – pegamos a linha F do metrô na esquina do Salisbury e em 15 ou 20 minutos estávamos na Delancey Street, a apenas uma quadra do “Hotel de Vidro”.
Quando saímos da estação, logo vimos o imenso prédio de vidro – 21 andares, baixo para os padrões novaiorquinos, mas altíssimo para o Lower East Side…

Um gigante de vidro…
Os quartos de esquina têm uma grande vantagem além de terem 2 paredes de vidro: eles estão situados entre o nono e o vigésimo andar. Afinal, parte do charme de ter paredes de vidro é ter uma vista!!! 😀 Que graça teria ficar hospedada no terceiro andar?!?

A entrada do hotel
A entrada do hotel quase passa despercebida… As paredes de vidro ao lado são do lounge, onde também é servido o café da manhã.

O lounge
Essa parte eu detestei – os corredores são escuríssimos!!!

Tão escuros os corredores…
Em compensação, os elevadores são vermelhos – pena que a minha foto ficou ruim… 🙁

Meu quarto suspenso sobre a cidade…
Chegamos ao hotel logo no início da tarde – e a luz que faltava nos corredores banhava o quarto todo…

A vista do 18o. andar
A vizinhança não é das mais belas – mas dá pra reconhecer um cartão postal famoso lá ao fundo? 😉

Até o chuveiro tem paredes de vidro…
Nos corner rooms, até as paredes do chuveiro são de vidro – o vidro é fosco, claro, a não ser na janela… A sensação de tomar banho vendo as luzes de NY é indescritível!

A ponte do Brooklyn vista do Pier 17
O South Street Seaport e a Ponte do Brooklyn estão relativamente próximos – uns 5 minutinhos de táxi. Já era meio tarde para almoçar, então resolvemos ir comer alguma coisa lá, ao invés de procurar algum outro restaurante mais próximo do hotel.

Cortinas abertas para o pôr-do-sol…
Mantivemos as cortinas abertas por todo o dia… Na verdade, a mágica de estar integrada à paisagem da cidade é tão grande que deu pena de fechar as cortinas para dormir!

Mimos…
No fim da tarde, ganhamos docinhos, um mimo… O serviço do hotel foi impecável – não que eu esperasse nada diferente… Fiquei fazendo piada que, se você tivesse alguma dificuldade para respirar, logo apareceria um funcionário do hotel se oferecendo para respirar no seu lugar… 😆 Mas a noite não foi tão tranqüila quanto eu gostaria – a vizinhança é extremamente barulhenta, e dentro do próprio hotel se faz muito barulho, ouvi batidas de porta a noite toda…

Entardecer sem moldura…
O fim de tarde de inverno estava lindo…

Entardecer com moldura…
… e foi muito valorizado pela nossa “moldura”…
Saldo da brincadeira? Nossa diária custou US$ 450, já com o café da manhã e as taxas incluídas. O hotel é especialíssimo, e oferece mil detalhes de atenção e mimos, além de um design de muito bom gosto; mas a localização não é muito prática, e o barulho realmente incomodou bastante. Eu não acharia válido, por exemplo, para toda uma semana em Nova York – mas para uma “Noite de Extravagância”, a coisa muda de figura… 😉
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