Na manhã seguinte fomos então dar o nosso bom dia ao centro histórico da bela cidade de Cartagena de Indias. Cartagena ocupava o topo da minha escala de expectativas nessa visita à Colômbia. Em primeiro lugar, porque eu sou fascinada por cidades históricas – e já sabia de antemão que Cartagena tem um centro histórico todo preservado e lindo. Eu já tinha lido e ouvido dizer também que a cidade vem se destacando no panorama turístico colombiano, pela bela paisagem caribenha das ilhas próximas, pela alta qualidade da gastronomia e pela variedade da rede hoteleira. Mas o meu motivo para estar ansiosa por ver Cartagena bem de pertinho era muito mais pessoal – a cidade é o cenário de um dos romances mais apaixonantes de Gabriel García-Marquez, O amor nos tempos do cólera, que eu fiz questão de reler pouco antes de viajar, só pra ir entrando no clima…
Pedimos um mapa do centro histórico na recepção do hotel, e ganhamos um que já trazia uma sugestão de roteiro a pé para não deixar de fora nenhum ponto importante. Procurei no Google Images um mapa semelhante para mostrar o percurso sugerido. Como não achei, resolvi escanear o meu – basta clicar no mapa acima para ver o arquivo original. É uma pena que a digitalização mostre até os amassadinhos resultantes de ter nos acompanhado nas andanças por Cartagena, mas espero que ajude a quem estiver planejando seus próprios passeios por lá…
Tomamos então um táxi até a Plaza de Santa Teresa, ponto inicial do nosso passeio, que nos custou 6 mil pesos colombianos ou, na época, pouco mais de R$ 6,00. Aliás, esse foi o valor que pagamos em todas as corridas de táxi entre o hotel e o centro histórico, a qualquer hora do dia e em qualquer dos dois sentidos.
Descemos do táxi bem na esquina do antigo Claustro de Santa Teresa.
Hoje, no edifício do antigo claustro, todo restaurado e preservado, funciona o Hotel Charleston Santa Teresa.
Ao longo do nosso passeio, decidimos que iríamos obedecer ao mapa, mas sem muita obsessão – ou seja, a ideia era ter liberdade para desviar do caminho sempre que desse vontade, sabendo que bastava consultar o mapa depois para ver se tínhamos deixado de lado algum ponto importante. E assim seguimos caminhando, meio a esmo, deixando que a beleza e o encantamento do lugar guiassem os nossos passos – e as nossas (muitas) paradas para fotos… 😉
Muitas vezes eu fiquei tão fascinada pelo capricho das fachadas, com suas lindas sacadas e floreiras multicoloridas, que pensei que o cartão de memória da câmera não daria conta do meu ímpeto fotográfico…
Seguimos caminhando por ruas que ainda estavam bem tranquilas, sem muita movimentação turística. Achei um pouco curioso que a manhã não fosse mais movimentada, porque, com o calor intenso que faz em Cartagena (e que não dá trégua!), é bem mais agradável passear pela manhã do que à tarde…
É muito interessante caminhar por ruas estreitas e despretensiosas como a Calle Nuestra Señora del Carmen e de repente se deparar com uma praça ampla como a Plaza de Santo Domingo, que se descortina sem aviso, numa amplidão que faz pensar em uma piazza italiana…
Bem em frente ao Convento, em lugar de honra, há uma escultura de Botero…
Demos a sorte de pegar a igreja aberta, e pudemos visitar – e foi bom não termos deixado para mais tarde, porque foi a única vez em que vimos Santo Domingo aberta…
Logo voltamos à praça para seguir o nosso passeio…
E seguimos então em direção às muralhas, que separam a cidade histórica – Ciudad Amurallada – do resto de Cartagena e do mar…
A muralha não apenas circunda e protege a cidade, mas é, ela própria, um caminho, e foi sobre ela que continuamos o nosso passeio até a Plataforma de las Ballestas, praticamente em frente à Universidad de Cartagena e ao Teatro Pedro de Heredia.
No detalhe da fachada do teatro, Calíope, a musa da poesia e da eloquência…
A essa altura do passeio, a manhã já se aproximava do fim. Como ainda queríamos chegar até a Plaza Bolívar e visitar o Museo Histórico de Cartagena – mais conhecido como Museo de la Inquisición – antes de fazer uma pausa para o almoço, voltamos ao mapa e seguimos o nosso rumo… 😉
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