Finalizando a parte canadense da série “Fundo do Baú”…
Montréal (fotos: outubro 1997; texto: outubro/novembro 2004)
E então chegamos a Montréal! A cidade me cativou de cara, e de graça. Montréal é grande – a maior cidade de língua francesa depois de Paris – mas extremamente aconchegante; oficialmente francesa, mas bilíngüe na prática, um lugar onde o visitante se sente muitíssimo bem recebido, nas ruas, nas lojas, nos bares da Rue Sainte Catherine… O postal da Place Jacques Cartier expressa bem essa sensação de aconchego, na minha opinião…
Mais um postal, dessa vez para dar a idéia da grandeza da Montréal “visível”. Visível? Como assim? Então há uma Montréal invisível? Sim, e ela se estende por quase 30 km2 de subterrâneos, em vários níveis, interligando galerias enormes de lojas, restaurantes, subsolos de edifícios comerciais e estações de metrô, muitas vezes com teto de vidro para deixar entrar a luz natural. Dessa forma, durante o inverno rigoroso, quando a temperatura pode baixar a 30 graus negativos, as pessoas podem transitar pela cidade sem estar expostas ao frio e à neve. É o primeiríssimo mundo!!!
Uma atração super legal de Montréal é o Biodôme, uma espécie de jardim zoológico, que funciona dentro dessa esfera. Os animais ficam soltos em uma reprodução do seu habitat natural – são as passarelas dos visitantes que ficam isoladas por redes ou vidros. Os ambientes são climatizados – e a sensação de ir da floresta tropical à Antártida só atravessando uma porta é incrível… 🙂
Dentro do Biodôme não se pode fazer fotos com flash. Infelizmente a câmera que eu tinha na época não fez boas fotos mesmo com filme ASA400. Ainda bem que consegui salvar as minhas favoritas no Photoshop!!! Aqui estamos no ambiente da floresta tropical, com seu habitante mais simpático – o mico-leão dourado.
E, atendendo a pedidos, aqui estão os pingüins do Biodôme! Nessa parte a separação de vidro entre os habitantes e visitantes é completa – caso contrário a gente não agüentaria o frio, literalmente polar!!!
Montréal também tem a sua Notre-Dame – só que aqui eu não perdi muito tempo tentando encontrar o corcunda… 🙂
Mais uma igreja que lembra Paris… Infelizmente esqueci o nome dessa basílica (o que não é normal!) no Parc Royal – mas não tem um quê da Sacré-Coeur?
A Avenue Sherbrooke é uma das mais movimentadas de Montréal – mas como era domingo, a tranqüilidade imperava, e o frio também!!!
O Cours Mont Royal já foi um hotel – um hotel de luxo, situado em um prédio histórico. Hoje, seguindo essa tendência de transformar para preservar, tornou-se um shopping center. Difícil dizer se isso é bom ou ruim… Mas, se é o caminho alternativo à destruição – e ao mesmo tempo promove o embelezamento arquitetônico dos shopping centers – eu assino embaixo…:-)
Essa é a última foto do Canadá. De Montréal voamos para Nova York, com uma conexão em Toronto, onde há um posto do serviço de imigração americano. Isso me rendeu um carimbo sui generis no passaporte: o que diz que meu ponto de entrada nos EUA foi Toronto!!!