A bordo do Norwegian Sun

Norwegian Sun

Norwegian Sun

Até embarcar no Norwegian Sun, no final de janeiro deste ano, para um cruzeiro de 2 semanas pela Patagônia, a minha experiência com cruzeiros se resumia a um curtí­ssimo mini-cruzeiro no MSC Lirica na rota Rio/Santos na companhia de amigos em novembro passado.

Naquela ocasião eu revi vários preconceitos que nutria contra as viagens de navio e cheguei à conclusão de que, como em qualquer outra viagem, também em um cruzeiro somos nós os responsáveis por fazer escolhas que nos agradam, e assim aproveitar a diversão ao máximo. Expliquei essas idéias em um comentário no VnV, que reproduzo aqui:

Fosse no mês passado, eu torceria o nariz indubitavelmente, no maior estilo que disse a Emí­lia logo aqui em cima: “não comi e não gostei” 😉

Pois agora, a veterana do minicruzeiro de 3 dias já diz assim: “depende”… Para mim, o navio como destino foi legal para curtir a companhia do grupo de amigos que estava comigo – como seria legal também se eu estivesse com a minha famí­lia, por exemplo, mas acho que nem tanto se fosse em casal.

O que sempre me pareceu uma função interessante para o navio de cruzeiro é levar a pessoa a locais onde o acesso seja mais complicado de outra forma, onde os deslocamentos sejam difí­ceis, longos ou muito caros – daí­ o meu encanto com o cruzeiro à Patagônia, que vou fazer no fim de janeiro… Se eu acho que vou conhecer a Patagônia? Não, não tenho a menor pretensão – mas acho que vou ter uma idéia pra depois decidir se a Patagônia é a minha praia o suficiente pra voltar… 😀 (Acredito que um cruzeiro seja bacanérrimo no Alasca também… E até mesmo no Caribe, se a idéia da pessoa for ter uma visão panorâmica, para depois voltar. Quem tem mania de voltar, como eu, não acha uma tragédia não esgotar um destino…)

Sobre a questão do luxo e da breguice, a sério, eu acho que dá perfeitamente pra fazer o seu próprio ambiente… Eu achei a muvuca na beira da piscina de uma breguice sem igual, e os restaurantes e bares ao ar livre eram uma confusão insuportável. Então, em vez de ficar ali sofrendo, eu ia para outros ambientes do navio, curtia um café expresso delicioso em um bar quase vazio, almoçava com toda a tranqüilidade do mundo em um restaurante onde não se podia ir de roupa de banho… Não curto festas temáticas, e costumo dizer que tenho alergia a grupos – então, enquanto as festas rolavam soltas eu ia procurar um piano bar ou um showzinho no teatro…

Acho que o que eu quero dizer é que, assim como desempacotamos outros destinos, dá pra desempacotar um navio também… 😀

Elevadores panorâmicos, sim...

Elevadores panorâmicos, sim…

A minha primeira impressão do navio foi muito boa – sim, eu já esperava encontrar aquele certo exagero, aquela decoração além das fronteiras do kitsch e um ambiente onde, definitivamente, menos NÃO é mais… :mrgreen:

Mas talvez o truque esteja exatamente aí: eu não esperei que o meu cruzeiro fosse qualquer outra coisa que não fosse um cruzeiro… 😉 E, como o destino era um chamariz em si, ainda foi muito interessante conviver, ao longo dessas 2 semanas, com pessoas de mais de 60 nacionalidades diferentes, fossem passageiros ou tripulantes. (Por curiosidade: entre os mais de 900 tripulantes, havia apenas 4 brasileiros! E entre os quase 2000 passageiros, éramos apenas cerca de 100…)

Nossa cabine

A primeira impressão da nossa cabine

A cabine vista por outro ângulo

A cabine vista por outro ângulo

Fiquei muito satisfeita com a nossa cabine, que, como era tripla e precisava comportar um sofá-cama, nem era tão pequena – tudo era muito funcional, tanto na própria cabine quanto no banheiro.

Vista do deck

Vista do deck

As áreas ao ar livre também me agradaram bastante, embora não me pareçam tão necessárias em um navio cujo foco é um destino gelado como a Patagônia. Piscinas e jacuzzis foram aproveitadas apenas nos 2 primeiros dias, para aliviar o calor que fazia em Buenos Aires e Montevidéu; a partir do 3o. dia, quando navegávamos em direção à Pení­nsula Valdés, o espaço ao ar livre dos decks superiores praticamente transformou-se em um estorvo – para ir de um ponto a outro do navio era preferí­vel descer um ou dois andares e atravessar pela parte interna a encarar os ventos gelados da Patagônia…

Nada disso foi grave, entretanto – eu imaginava, mas até então não tinha certeza, que os quesitos entretenimento e alimentação teriam total prioridade na organização de um cruzeiro em que os passageiros permaneceriam em ambientes fechados por boa parte das suas 2 semanas a bordo. E eu não estava enganada, como vou contar nos próximos posts… 😉

20 thoughts on “A bordo do Norwegian Sun

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